quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Amores pelos automóveis

Trabalhar a muitos quilómetros da residência, nesta terra de transportes públicos labirínticos, significa estarmos dependentes de um automóvel. Automóvel que nos pode avariar, assim sem mais aviso, junto a uma curva, e nos faz perder uma tarde de trabalho.
A mim irrita-me perder uma tarde de trabalho. E fazer dessa tarde um episódio de uma comédia fraquinha, que envolve ligar a um serviço de atendimento eficaz (como se fosse alemão), mas que depois me faz, após seguir para oficina como pendura no reboque (onde sou informado que é coisa pouca, nada que MUITOS dias de trabalho não paguem), ter de arranjar boleia para uma cidade a quilómetros, e meia hora, de distância para aceder a um veículo de substituição, pelo qual tenho de avançar com uma caução. Quando finalmente sou senhor deste carro provisório, é demasiado tarde para percorrer os quarenta quilometros que faltam para chegar à última aula que ainda poderia dar.
Não, hoje não estou de amores pelos automóveis.

Estúdio Mario Novais, Garagem, s/data
imagem obtida aqui

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