domingo, 30 de dezembro de 2018

Um estranho esquecimento

Quando há cerca de três décadas se começou a constituir uma historiografia sistemática da Fotografia em Portugal, Artur Pastor foi um dos mais estranhos esquecimentos desses momentos iniciais.

A estranheza prende-se com o facto de ser um dos poucos autores com livros fotográficos publicados no pobre panorama editorial dos inícios da segunda metade do século, de ser uma figura conhecida no restrito mundo da Fotografia, de ter realizado várias exposições individuais. O esforço da família, em particular do filho Artur Costa Pastor, tem sido notável na recuperação da sua obra para o olhar dos públicos actuais, e para a atenção dos vários especialistas e curadores que para ela se têm virado em anos mais recentes.

Este renovado interesse é amplamente justificado. Poucos, ou nenhuns, arrisque-se, conseguiram como ele capturar com tanta frequência aqueles momentos mágicos em que Povo, Território e História se parecem conjugar perfeitamente numa imagem.

Artur Pastor,
Apúlia,
Portugal, 1950-1960
imagem obtida aqui