sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Brandos costumes (9)

Pouco após a implantação da República, Portugal entrou numa espécie de guerra civil não declarada que, entre tentativas de restauração monárquicas, lutas facciosas entre republicanos, a aventura Sidonista, a ditadura militar e o reviralho, só viria a terminar bem adentro dos anos trinta do século passado, quando a estabilização do Estado Novo serenou pela força o país .

A chamada Revolução do Castelo foi dos muitos episódios desse período.
Não foi dos mais violentos, mas no final sete mortos figurariam no balanço das baixas. Embora tenha tido dimensão nacional, o nome que lhe é atribuído adveio do seu ponto de partida, o batalhão de Caçadores 7 do Castelo de S. Jorge, em Lisboa.

Iniciados os eventos a 20 de julho de 1928, o regime da ditadura militar conseguiria garantir o controle da situação no dia seguinte, sobretudo pela acção do coronel Farinha Beirão, em Lisboa, e do major Lopes Mateus, em Viseu. A 27 de Maio, encerraria definitivamente o episódio com um decreto que condenou os revoltosos entretanto dominados.

Mário Novais registou, em Lisboa, o momento em que um dos sete mortos é transportado, sem grande urgência, por um largo de calçada deserto.

Mário Novais, Revolução do Castelo,
Lisboa, 20 a 27 de Julho de 1928

imagem obtida aqui



Mário Novais, Revolução do Castelo (pormenor),
Lisboa, 20 a 27 de Julho de 1928

imagem obtida aqui



Mário Novais, Revolução do Castelo (pormenor),
Lisboa, 20 a 27 de Julho de 1928

imagem obtida aqui

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