Começa em Magdala, capital temporária da Etiópia, a construção fotográfica do capitão Charles Speedy enquanto herói branco da Abissínia, que têm sido aqui abordada (ver
Ainda o capitão,
O capitão no Cairo,
A vitória do capitão,
A matéria-prima de Kipling,
O principezinho o tutor e um outro e
O principezinho). Charles Speedy, em tempos um assessor militar do imperador etíope, que lhe atribuira a designação de
Basha Fellaka, saíra anos antes da Etíopia em queda junto de Tewodros II e retornava acompanhando a expedição punitiva britânica, de 1867, comandada por Sir Robert Napier. Trazia consigo o seu conhecimento do país e da língua amárica e, uma vez tomada Magdala e controlada a situação após o suicídio de Tewodros II, ganha natural ascendente sobre o jovem príncipe Alamayou, capturado pelos britânicos.
É fotografado então pelos fotógrafos dos Royal Engineers, que tendo falhado a possíbilidade de retratar o derrotado imperador se concentram sobre os outros focos de atenção da estranha capital etíope, pouco mais que um rochedo. Aí, Speedy faz-se registar pela primeira vez com as vestes de guerreiro abísssinio, criando uma personagem digna de Emilio Salgari ou de Rudyard Kipling.
Fotógrafos dos Royal Engineers, Capitão Charles Speedy, Magdala, Etiópia, 1868
imagem obtida aqui
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