A palavra rícino entrou aí para o meu imaginário, embora sem que a pudesse verdadeiramente visualizar como algo concreto. O óleo de ricino era para mim um instrumento de Fellini para uma cena fabulosa de um filme fabuloso, e em menor grau, era também algo que a minha mãe fora obrigada a engolir em criança para agilizar os intestinos e que, entretanto e por bons motivos, deixara de ser usado como laxante (de forma corrente, pelo menos).
Na sequência do meu trabalho com a série SPECIMEN acabei por descobrir que o rícino me era perfeitamente familiar. Trata-se do fruto dum arbusto comum. A Figueira-do-Inferno cresce espontaneamente no Algarve, sendo vulgar ,por exemplo, nas bordas das estradas. O nome deriva da folha que é semelhante à da figueira. O seu fruto tem um aspecto algo esférico, e é caracterizado por protuberâncias semelhantes a espinhos. Varia a sua cor de um laranja claro acastanhado a um espantoso vermelho vivo.
Júlio Assis Ribeiro,
SP_V_RCN-01
Rícino, Fruto da Figueira-do-Inferno(Ricinus communis),2010
__________________________________________________________
Sem comentários:
Enviar um comentário