Entre a cultura cristã, esta riqueza é entendida como uma oferta do criador ao homem, mas embebidos na sua prática permanecem vestígios de festividades prévias, pagãs, em que se festeja o sucesso das colheitas, ou em que se praticam ritos sobre os animais, agradecendo a sua (involuntária) generosidade e tentando prevenir a sua futura escassez.
Tal qual os locais arqueológicos, os fenómenos culturais contêm camadas, e a naturalidade que é introduzida pela pertença cultural é apenas a superfície que oculta a riqueza subjacente.
Diogo Margarido,
Benção dos borregos,
Castelo de Vide, Portugal, 1972
imagem cedida por cortesia do autor
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