Baleias apareciam nos grandes lagos americanos, voam bicicletas-aeroplanos, autocarros de dois andares corriam em circuitos de velocidade, máquinas estranhas conseguiam fotografar a última visão dos mortos ou transportar alimentos via rádio, e os animais começavam a ter vontade de procriar com os mais estranhos parceiros.
O que unia estes acontecimentos, além da data que partilhavam, era a sua natureza de pura falsificação.
O que unia estes acontecimentos, além da data que partilhavam, era a sua natureza de pura falsificação.
Actualmente, perante o manancial de simulacros e cretinices que é despejado nos media tradicionais e nas redes sociais, a coisa deixou de ter o impacto que tinha, e a tradição desvanece-se mais a cada ano que passa.
Aparentemente, na era da efabulação amoral e do ruído, já não faz muito sentido ter um dia específico para a pequena mentira jocosa.
Aparentemente, na era da efabulação amoral e do ruído, já não faz muito sentido ter um dia específico para a pequena mentira jocosa.
Boris Spremo,
Baleia no porto,
Toronto, Canadá, 1983
imagem obtida aqui
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Autor não identificado,
Bicicleta-aeroplano,
Holanda, 1933
imagem obtida aqui
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Autor não identificado, Corrida de autocarros de dois andar, Holanda, 1933imagem obtida aqui |
Autor não identificado,
Máquina para fotografar
a última visão de pessoas mortas,
Holanda, 1935
imagem obtida aqui
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Autor não identificado,
Ovelha-pelicano,
Holanda, 1932
imagem obtida aqui
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Autor não identificado, Máquina de transmissão de alimentos via rádio, Holanda, 1931 imagem obtida aqui |